Não aceito os determinismos
Que me impedem de sonhar
De querer
De caminhar
Sai pra lá com teu discurso pessimista
Dizendo que nada pode mudar
“Porque é assim mesmo...”
Não
Nada é “assim mesmo”
Se não é por alguma razão
E as razões podem ser muitas
Além de intencionais
A mais comum delas
É que “as coisas permanecem como estão”
Porque ‘alguém’ assim quer
Para usufruir de sua posição de poder
Ora
Se o próprio Deus tornou-se gente
Descendo do seu trono divino
Mudando radicalmente sua identidade
Por que nós não podemos mudar a realidade?
Se não queres ajudar-me
Sai pra lá com teu augouro
E não tentes impedir-me
De tentar
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