No caminho fatigante de erros inocentes, de idas e vindas, a sombra de um ser perpetua mesmo na ausência, mesmo na carência dos sentidos.
Nessa trilha, uns chegam, alguns chamam, outros passam e um invade, invade como se a casa fosse sua. Mas é prazeroso, arrebatador.
Dizia tudo, me dava o mundo, me fazia transbordar da mais singela euforia. Surgiu do nada e por nada se foi; na verdade, nem sei se existiu.
Ao menos em mim estava presente, porém distante. O que nos unia era uma ponte que tornou-se abismo, já que o alicerce era fraco, era ilusão.
Tudo poderia ser diferente! Se não fosse por mim e por você, se tivesse sido por nós! E como a brisa que vai levando a suavidade da manhã o tudo se perdeu.
Mergulhei na alegria incerta de te ter comigo, ainda sem matéria, fazendo-se apenas de palavras. Agora acordei e nem sei em que parte te escondes aqui.
Rogna Costa
3 comentários:
...erros inocentes
Sem culpa, Kelliany. XD
Quiseram construir a ponte em concreto, mas você embargou a obra só pra poder dar a ela o status de 'alicerçada em ilusão' e transformar sua vida em poesia.
Na verdade são 'erros ignorantes'. Frutos de quem ignorou a ajuda que teve. A menos que você ache legal ter uma vida poeticamente bonita e realmente frustrada. Ainda assim não seriam erros inocentes, seriam 'conceitos abestalhados'.
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