quinta-feira, 7 de janeiro de 2010



Acordo sozinha lembrando de como queria não acordar assim

As cores são as mesmas.

Os móveis nem ao menos se movem.

A monotonia está impregnada até no silêncio.

Ligo a tv, na esperança de ter esperanças.

Aí vem os beijos, os abraços, amassos, sonhos.

Novelas de uma realidade distante, para mim.

Aquelas garotas, tão amáveis e amantes.

Posso até fechar os olhos, e tentar imaginar como seria.

As cores não seriam as mesmas, os móveis até dançariam comigo e não bastaria nada, o som estaria naturalmente no ar.

Para cada passo, uma música especial, da qual, nem a idade pode levar de suas lembranças.

Depois de cansar todos meus desejos, saio.

Reencontro as conversas, as histórias, situações.

Lamento por estar muito esgotada de contos, mas me presto a escutar e opinar.

É uma forma de viver algo que não lhe pertence.

Abraços e carinho, aí volto para minha cama.

O escuro me acolhe e dá um espaço em branco para minha imaginação voar.

É divertido, mas muito abstrato.

Tudo que tentar, não será o bastante para que eu possa parar de lamentar, de como não queria acordar assim, sozinha.

Sozinha de pensamentos.



Patrícia Fausto

4 comentários:

Rogna disse...

!!!

Fabiana Alencar disse...
Este comentário foi removido por um administrador do blog.
Fabiana Alencar disse...

Não tenho palavras para expressar o quanto ela escreve bem... Seus escritos atingem o nosso lado racional e principamente o emocional...

Adoro-te!

Patrícia (: disse...

Obrigada Fabiana e Rogna! Beijos=***