segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Veio do nada com a sua delicadeza recatada, era de se notar que necessitava de abrigo.
E recebeu, mas sem muita felicidade.
Como se realmente não tivesse outras opções.
E do silêncio veio e no silêncio ficou.
Nada se tinha de tão grandioso.
Um pequeno contato, em uma noite de atrapalho.
Em muito pouco, sua vida se resumiu.
E eu pensando que abriria uma porta para toda uma personalidade
Estava ficando mais uma vez no vácuo da incerteza.
Seu mundo em um só lugar, aconchegante de tanto se usar.
Quanta limitação, como alguém vive assim?
Cadê o brilho, o sorriso, as palavras, o som?
A timidez não é culpada de tanto.
Existe algo além, e dela é que não sairá às respostas.
Guarda a casa no seu lugar, dormindo, lendo, comendo, vendo, vivendo.
Queria saber o que se passa em sua mente.
De tanto descanso, as coisas devem fluir sem limites.
Ou não.
Ela é o que se vê. E se for, como chegou até ali ou nunca saiu?
Nunca pensou em sorrir além de si? Nunca pensou em se divertir, ou para ela isso é diversão? Quantas incertezas tenho sobre, mas vejo que tudo esse questionamento é
em vão. Só tenho uma amostra do seu dia, da sua vida. Poucas são as formas de saber se tenho muito para conhecer ou se isso tudo, é a sua doméstica solidão.


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