domingo, 19 de outubro de 2008

T EM P EST AD E


Dar porrada ou “levar no grito”
Pode ser que intimide
Ou incuta medo no outro
Te dando um ‘reino’ pleno

Será um reino construído em terreno minado
Chão fértil para a covardia e a traição
Para a violência e a cobiça
Para tempos fúnebres

Pode que reines por séculos e séculos
Porém o fim será certo
E a tragédia, sua companheira
Decapitando o que terás produzido

Alguns, quizás
Te lancem flores
Mas ninguém poderá avaliar
O que esconde esse ato

Será reverência ao teu nome?
Ou a expressão do desejo
Que se ocultou no tempo
De um: que o diabo te carregue?!

Se queres, portanto, a glória
Pisando quem te rodeia
Não esperes colher vento
Na tempestade que se avizinha


Toni Martins

2 comentários:

Flávia Pires disse...

Eu só tenho a lamentar os eventos que o fizeram escrever este poema. Humano demasiado humano, naquilo que há de pior na humanidade.

Toni Martins disse...

Menina F, tens uma ótima persepçao dos fatos, e uma grande sensilidade. Que maravilha ter amigas/amigos com esse nível!

Obrigado, e um carinhoso abraço.